Em parceria com a jornalista Letícia González, Sílvia Lisboa mergulhou entre documentos e processos judiciais para descobrir os casos em que, fora a argumentação jurídica, fica claro que a motivação da sentença é o machismo. O resultado foi publicado na revista Galileu em março de 2018, com histórias como a de Tatiane da Silva Santos, condenada a 24 anos de prisão por omissão porque estava trabalhando quando seu marido matou o filho caçula. Ou de Maria (nome fictício), que ficou com as marcas de um estupro no corpo, mas seu algoz foi absolvido porque desembargadores disseram que ela não gritou.